top of page
Buscar

Quando vamos contra o destino, o caminho é um só...


Esses dias, durante um atendimento, um paciente trouxe uma dor insuportável daquelas que eu não conseguia imaginar como era para essa pessoa estar vivendo isso.


Não me cabe jamais julgar os motivos do sofrimento.


Mas minha responsabilidade é ouvir com respeito e atenção, assim como acolher e se for possível fazer com que os pacientes considerem possibilidades ou caminhos alternativos, se isso couber no processo.


Neste caso, não era possível propor nada, pois a dor era tamanha que ouvir era a ajuda máxima que eu poderia propor.


Mas, por outro lado, esse atendimento me fez pensar que as vezes nós fazemos escolhas erradas para nossas vidas e a vida vai dando pistas que aquilo não é prá gente.


Dá errado uma vez, dá errado duas vezes, dá errado três vezes...


E o problema não é dar errado, mas é o pedaço que cada tentativa dessa arranca da gente.


As vezes, quando pedimos para o paciente considerar outras possibilidades, o ego pode estar no comando e a idéia de abrir mão ou fazer algo diferente parece ser inconcebível.


Vou dar um exemplo, que é apenas uma hipótese. Vamos supor que em 2016, quando eu fui desligada do RH, eu já comecei a buscar ser psicóloga clínica e se eu ficasse um ano, dois anos, dois anos e meio sem paciente algum chegando no consultório. O que eu deveria fazer?


Com certeza absoluta buscar novas estratégias, buscar cursos, buscar ajuda do Sebrae (Sempre eles S2), fazer parcerias, sei lá... fazer um monte de coisas para tentar fazer isso acontecer. Mas se mesmo assim não desse nada certo, eu com certeza deveria dar um passo para trás e considerar: Será que isso é realmente para mim?


Eu sei que existem milhares de exemplos de pessoas que tentam infinitas vezes até dar certo, mas neste caso existe um diferencial: Elas estavam conectadas com o propósito de vida delas, com a missão, era algo que vinha do coração.


Quando o ego toma a frente, pode ter certeza que vai dar muito ruim, porque a gente é guiado pela vaidade ou pelos aplausos que a gente acha que vai ter no final.


As vezes a gente tá até na postura infantil, achando que o mundo gira por nossa causa.


E eu sei que to sendo bem dura nesse texto, mas a intenção é que você coloque a mão na sua consciência e considere se o que você quer ou faz da sua vida é para agradar você ou o seu ego.


Se você quer ser feliz porque isso é da sua alma, do seu coração ou se para você a opinião do outro, o mundo ou os aplausos é que ditam a direção. Tudo é uma questão de escolha, mas tem um preço a pagar no final...


E tenha certeza, que se você estiver seguindo pelo ego, serão inúmeros tombos, e talvez você nunca consiga alcançar o objetivo, pois se não é a sua verdade, não tem motivo algum para acontecer.


Claro que existem casos e casos, mas na minha experiência na clínica, sinceramente: Só o amor vence.


O coração sempre é a me melhor escolha.


Se cuidem!


Marilice Everton Zanato

Psicóloga - CRP 06/80972

Facilitadora de Constelação Familiar


Comments


Categorias

Tags

Observação:

Todo o conteúdo deste blog é de minha autoria.

Ele tem o objetivo de informação e reflexão e não substitui o processo psicoterapêutico.
 

Caso queira publicar algum texto do blog, peço por gentileza mencionar a autoria e me encaminhar um link para que eu também possa acompanhar a publicação.

Receba as novidades
do blog! 

Obrigado pelo envio!

bottom of page